segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Callas e Onassis

Ontem foi o último capítulo da série Callas e Onassis, no canal fechado GNT. Entendo tanto de cantoras líricas quanto um pescador entende de combustíveis de aviação, mas a fama de Callas, ao conseguir subverter regras no canto lírico tradicional, impressiona.

Um instrumentista faz os baixos e agudos. Do mesmo modo, um cantor deve cantar em todas as tessituras” - Maria Callas

O argumento acima é válido? Está pensando ou se deixou levar pela emoção? Vamos analisar um pouquinho. Se você concorda, então também precisa concordar que quando um jogador de futebol diz que o cabeceio não é o seu forte, na verdade deveria treinar para que todos os fundamentos sejam fortes, certo? Para Callas seria. Vamos mais além, um ortopedista deveria poder transplantar um rim, não? Não vou concluir, mas deixo a análise aberta.

Outro ponto que eu gostaria de analisar é o final do último episódio. Onassis era, ao meu ver, um ser egoista, não duvido que amasse Callas, mas amava muito mais a si mesmo. No fim da vida arrependeu-se, tentou receber o perdão de sua amada, que não o recebeu para um último adeus. Deveria ela o ter recebido? Ele estaria realmente arrependido? Teria realmente descoberto o amor? Eu conclui, aos olhos do diretor da série do GNT, que aquilo foi como uma unção dos enfermos, o último sacramento cristão, onde arrepende-se de tudo para acalmar-se no momento último da humanidade.

Independente do tipo de série e do assunto abordado, sempre existem assuntos a serem levantados, debatidos e analisados. O Ronald que me perdoe, mas eu amo muito tudo isso.

Té mais!

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