segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mais um ótimo final de semana trabalhoso.



Compramos um armarinho, coisa mais linda, mas veio desmontado. Estávamos precisando de mais espaço para guardarmos mais coisas. Após subirmos os cinco andares até o apartamento carregando o dito, juntei todas as minhas quatro ferramentas e iniciamos a montagem nos guiando pelo manual. Erramos a ordem de algumas coisas, quebramos uma parte de uma gaveta (que trocamos por outra na loja) e quebramos duas chaves de fenda (do R$ 1,99). Ao final da saga o móvel ficou lindo. Dores nas costas e cortes nas mãos a parte, o desafio foi completado.

Constatações e aprendizados:
1 - Sempre tenha boas ferramentas em casa. Nada de economizar comprando marcas desconhecidas, vá nas melhores, ou corra o risco de deixar as coisas inacabadas.
2 - Não siga o manual ao pé da letra, se eu fosse pregar onde ele solicitava que pregasse, uma parte do móvel ficaria bamba.
3 - O manual precisa ser interpretado em alguns momentos, não é tão didático quanto deveria ser. Pensei se eu realmente sabia usar um manual, mas depois percebi o quanto seria ridículo ter um manual para interpretar um manual. Certamente o erro era do manual, deveria ser mais claro.
4 - Apesar do manual dizer que pode ser montado por uma pessoa, sempre procure alguém para ajudá-lo, com certeza será necessário.
5 - Sempre tire as medidas do móvel e do local onde pretende colocá-lo.
6 - A peça fundamental de todos os móveis é a paciência.


Até!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Surto Pluvio-psicopático



Hoje está chovendo. Eu fico muito nervoso quando chove.
Normalmente sou amável, paciente, tranquilo e carinhoso, mas quando o tempo está úmido, fico irritado, se chove, viro outra pessoa.
Já acordei de mau humor, peguei meu fuca e saí para trabalhar, ruas molhadas, trânsito lento, precisei abrir a janela, pois o vidro estava embaçando. Me molhei...
Rosnei com o mundo, olhares congelantes para todos os lados. O banco é de couro, a ventarola molhada estava aberta, recebia pingos de nuvens ingratas, que por sua vez pingavam no canto do banco, que por sua vez esorriam por meio de um filete d'água para o fundo de minhas calças. Por um momento saí de meu corpo, olhei bem em meus olhos e vi o brilho do ser adormecido, aquele psicopata incontrolável demofóbico que temo tanto.
Meu amuleto estava ao meu lado, em silêncio, mas completamente imune,tornou-se amuleto de si mesmo. Começou a brotar o amor ao amuleto, mas foi sobrepujado, culpa do ódio absoluto pelo universo que conspirava em gotas naquele momento.
Ao longo do caminho, um ônibus me ultrapassou pelo corredor e arremessou uma gota fétida, viscosa e lamacenta em meu globo ocular, aquela gosma adentrou por meu nervo óptico, fato este que fez meu cérebro transformar-se em uma conucópia do inferno, uma Caixa de Pandora atualizada com as piores expansões possíveis. Seres indefesos foram explodidos e pulverizados pelo meu olhar gritante como um Trovão Pai em dia de tempestade. O mundo dobrou sua velocidade de giro e, como Jeckyll, acordei sentado em frente ao computador da empresa.
Dedico este post a todos que compartilham deste problema intra-pessoal.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Impulsividade

Jogar algo fétido em ventiladores, depende da ingratidão e neuroses de cada um.
Portas são portas, servem para entrar e sair, cada um sabe o melhor momento de entrar e sair, se um bom discernimento tiver.

Avaliar os dois lados é uma virtude que poucos têm. É um trabalho que leva em conta o respeito que cada um tem pelo outro.
Plantar uma flor requer tempo e dedicação, pessoas impulsivas acabam perdendo a paciência e estragando o que há de mais belo em um jardim.

E para completar um post que li certa vez:
Tem gente que gosta de por tudo a perder por coisas infinitamente menores, imprudentemente e impulsivamente.

As pessoas mais inteligentes que conheço são as que menos pensam quando estão nervosas...

Bj!

$$$


Olá, pessoas!

Hoje o dia está tranquilo e calmo, mas olhei a previsão do tempo está marcando chuva para o findi.
Este post não é sobre previsão de tempo, mas sobre felicidade.
Esse tema é antigo e nunca se resolveu plenamente, cada um tem sua opinião, mas o senso comum diz que "dinheiro não traz felicidade, mas ajuda". Concorda?
Agostinho já dizia em Solilóquios da Vida Feliz que não há felicidade longe de Deus e elenca todas as negativas das outras opções, bem difícil de serem refutadas.
Uma coisa que concordo com ele é que todas as coisas que podem ser perdidas não podem trazer felicidade, pois a perda traz frustração, medo e, portanto, infelicidade.
Quero ater-me ao dinheiro, é bom ter dinheiro, é uma motivação válida, ninguém te recriminará por estar ganhando muito dinheiro honestamente e por suas próprias capacidades, mas e os periféricos? Como estão? Tem que se ter o cuidado de não rebaixar as outras coisas importantes, como família e amigos, por exemplo.
Passando para uma linha mais budista, acredito que devemos tentar o meio termo, equilibrar todas as coisas importantes em nossa vida e administrar, justamente, todas. O dinheiro é necessário, mas não pode concorrer com as outras coisas, deve complementar.
Não coloque o dinheiro em primeiro plano da sua vida, coloque a si mesmo e depois coloque as pessoas que você ama. Amar a si mesmo é estar bem, aumenta a qualidade de vida e diminui o stress diário, vista-se como gosta, compre um acessório novo, escreva em um blog, saia para dar uma volta, enfim, dedique a maior parte do tempo para si mesmo. Quando sentir-se bem, passe a relacionar-se com os amores de sua vida (noiva, filho, pai, mãe, amigos, cãozinho...).
Se você conseguir levar sua vida com o equilíbrio destas áreas fundamentais, conseguirá mais clareza para buscar o dinheiro necessário para viver. Você gosta de viajar? Não precisa arrumar um emprego onde tenha dinheiro para fazer uma viagem por semana, arrume um emprego que te faz viajar de graça. Não vire um escravo do dinheiro, faça o dinheiro trabalhar para você. Esta é a máxima do capitalismo.
Se ainda assim você quer correr atrás do dinheiro, não tem problema, mas tente ser feliz assim e sem infernizar a vida dos que te rodeiam.
Não vou dizer que nunca errei, já troquei amigos por amores, já troquei família por amigos, o erro faz parte da escolha e nunca se sabe se realmente será um erro até o problema se apresentar.
Uns me chamam de conformista, outros de acomodado, mas o fato é que ganho o que preciso e não deixo de fazer coisas essenciais, não estou nesta corrida.
Para quem corre, só cuide para não se tornar escravo, pois o dinheiro vem e é gasto, você junta, junta e gasta e poupa, quando tiver poupado o suficiente, curte, mas e o tempo que passou? Valeu a pena? As pessoas que deixou no caminho, valeram a pena? Junte dinheiro para ter uma velhice tranquila, mas cuide para não acabar com dinheiro e sozinho, se preocupando com o que os herdeiros farão com o seu suado dinheirinho e virar um velhinho neurótico e com pressão alta.
Até mais!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Pessoas da minha vida! Comprei joguinhos novos para o meu play. Preciso contar tudo, com riqueza de detalhes.
Eu já havia comprado joguinhos piratas antes, mas a banca de onde eu adquiria fechou, portanto fui em busca de outra. Fiquei sem graça de perguntar de cara na loja se havia CDs piratas, então fui em busca de um atravessador.
Achei um, com o tradicional canguru de capuz alto, correntão de prata, tênis Nike e boné de oito listras. Ele me conduziu através dos mutáveis corredores do camelódromo, apinhados como metrô no Japão, até chegarmos ao destino, uma banquinha de 1,5m X 2m, com vários apetrechos eletrônicos. Desconfio que as TVs ligadas com imagens multicoloridas são para distrair dos negócios ilegais que são fechados ali.
O vendedor me chamou e perguntou que jogos eu queria, respondi que não sabia de cabeça, precisaria dar uma olhada nas opções para me decidir. Ele me olhou com um olho maior do que o outro e acenou para seu comparsa, o do boné de oito listras, que saiu rapidamente. O negociante me explicou que ele fora buscar a mochila com os jogos para que eu desse uma conferida. Enquanto o meliante não chegava, o dito cujo, dono da banca, foi me dando algumas opções baseando-se na minha cara. Ainda bem que ele é camelô, se dependesse do seu talento para traçar perfis, estaria falido.
O patife dos tênis Nike retornou com uma mochila preta, entrou na banca (que já somava três habitantes) e me mostrou os artefatos piratas. Tinha de tudo, até cheguei a desconfiar se alguns eram realmente jogos ou se estavam ali só para enganar pelo título, algo como GangBang 3, Turma da Mônica e o Segredo da Montanha Negra, enfim, este tipo de coisa que você não consegue visualizar em um jogo.
Sob a pressão de olhares pesados me decidi por sete jogos. O pagamento e o recebimento do produto foi jogo rápido, como em uma negociação de entorpecentes, em cinco segundos eu já estava fora da barraca e com a sacolinha contendo a mercadoria. Antes de seguir meu rumo em meio ao labirinto, pude ver os libertinos dividindo os espólios, o atravessador levou vinte mangos e o mercador do submundo levou cinquenta.
Ao chegar em casa, já de cara descobri que dois jogos estavam pauleados, um não rodava de forma alguma, desconfio que até virgem o CD é e o outro não tem som, mas dos males o menor, cinco de sete estavam funcionando. No fundo vale a pena, dá para comprar uns quinze CDs piratas com o valor de um original.
Resultado do final de semana, só parei de jogar tarde da noite de domingo e não sei o que vou fazer hoje para não chegar em casa e continuar jogando. Pode até parecer perda de tempo, mas é divertido e eu tenho que jogar bastante antes que o CD estrague, pois a vida útil destes produtos é de dois meses, no máximo.
Então era isso, uma pequena aventura no submundo de Happy Harbour City.

Até mais!