quinta-feira, 24 de março de 2011

Gaddafi X Jafar

Só para descontrair um pouquinho:




Vai dizer que não é a cara de um e o focinho do outro?

terça-feira, 22 de março de 2011

Coragem



Platão dizia: Coragem é ser coerente com seus principios a despeito do prazer e da dor.
Por definição, acredito que coragem é a confiança que o homem tem em momentos de temor ou situações difíceis

Sempre me achei um ser corajoso. Fazia o que era necessário, enfrentando as consequências. Isso me levou onde estou hoje, muitas conquistas, muitas felicidades, mas também muitas perdas e muitas tristezas. É o risco que se corre por fazer o que se acha certo e não conseguir pensar claramente antes de se agir.
A coragem é a vitória da vontade contra o medo, é um impulso que vence barreiras para alcançar um fim, mas sendo impulso, é rápido, impulsivo e, muitas vezes, irreversível. Muitos heróis (e vilões) já venceram e pereceram devido a coragem e eu sou um deles.

Minha esperança é que as mágoas que provoquei devido a esses "atos de coragem" sejam temporárias, possam ser revertidas. Feriram pessoas que não mereciam. Esses atos se tornam vitórias quando retornam positivamente ou se tornam remorsos quando retornam negativamente, sendo que este último sempre deixa a cicatriz mais profunda na alma.
Eu tenho certeza de que fiz muita coisa em minha vida, mais coisas boas do que más, mas como a quantidade é muito grande, as maldades se tornam impressionantes, dá a impressão de que você viveu errando ao ver sua alma coberta de cicatrizes.

Outra coisa de que me lembrei, o Leão de O Mágico de OZ. Era coverde, apesar de ser um leão, por quê? Acho que porque era sozinho. Tanto que, com a amizade dos outros, acabou adquirindo coragem. A cumplicidade incita a coragem, acho eu.

Falando em filme, revi o Diário de Bridjet Jones, melhor não falar disso, esqueçam que comentei isso, pois não estou com coragem o suficiente para comentar.

Não quero justificar meus erros, quero consertá-los, pois o que colho hoje é sofrimento.
Tudo o que conquistei foi motivado ou conseguido juntamente com outras pessoas. Hoje, devido aos meus atos estou sozinho e desta forma não consigo mais coragem para reerguer-me.
Não peço muito, apenas um perdão de alguém muito especial que é muito importante para mim, hoje e sempre.
Já pedi perdão a esta pessoa por algumas vezes, mas devido as minhas falhas ela levanta a espada sobre a minha cabeça (parafraseando Machado de Assis), mas insisto, pois somente o perdão limpará minha consciência.

Para lidarmos com as nossas diferenças precisamos aprender compaixão, autocontrole, piedade, perdão, simpatia e amor. Falhei em todos os itens, mas nunca duvidei do meu amor e é nele que me sustento atualmente para superar esta nova barreira que se forma a minha frente.

Termino suplicando que se o meu coração não é suficiente para conseguir o teu perdão, te deixo aqui minhas lágrimas.
"As lágrimas não pedem perdão, mas o alcançam." (Santo Ambrósio)

terça-feira, 15 de março de 2011

Somente tragédias...


Agora é o Japão, mas não é diferente de qualquer outro lugar como São Paulo, Rio de Janeiro ou, bem recentemente, São Lourenço do Sul, aqui ao lado.
Não vou transcrever tudo que li a respeito para não tornar o post muito longo, mas vou colocar os links para que leiam com calma quando puderem.
É um absurdo como as coisas funcionam apenas quando estamos em algum tipo de emergência. Alguém duvida que o Brasil só começará a se mexer no que diz respeito as obras para a Copa do Mundo às vésperas? Claro! Porque assim poderão superfaturar orçamentos, contratar quem quiserem e embolsar algo, sem dar tempo aos órgão responsáveis (que nem são tão responsáveis assim) notarem que existe algo errado e não poderão embargar nada sob o risco de "melar" a Copa.
Vamos aos liks.

Começo pela declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: "As dificuldades que as usinas lá (Japão) tiveram as nossas não terão, pois têm uma proteção maior"
Veja na integra no link: http://blig.ig.com.br/deolhoemsaopaulo/2011/03/15/lobao-confirma-que-programa-nuclear-brasileiro-nao-sera-freado/

Agora a reação de países "grandes" ante à tragédia no Japão:
"Alemanha e Suíça foram os primeiros países europeus a suspender temporariamente projetos nucleares como medida preventiva"
Link: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/alemanha-e-suica-adotam-medidas-ante-risco-nuclear

A Alemanha decide, somente após tudo ter acontecido: "A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ordenou nesta terça-feira que todas as usinas de energia atômica mais antigas do país sejam desligadas"
Link: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/alemanha-fecha-suas-usinas-nucleares-mais-velhas

Mais uma providência que só sai do papel por meio de um desastre. O Comissário europeu de energia, Gunter Ottinger, declara (como se fosse o provedor de ideias maravilhosas): "Queremos crear una base europea de seguridad nuclear"
Link: http://www.elpais.com/articulo/internacional/comisario/Energia/da/razon/quienes/hablan/apocalipsis/Japon/elpepuint/20110315elpepuint_13/Tes

Segue uma opinião de um vivente local: "Esse governo é inútil", disse Masako Kitajima, 50 anos, funcionária de um escritório de Tóquio"
Link: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/comissao-europeia-qualifica-acidente-nuclear-de-apocalipse

E para finalizar, um ótimo texto de José de Souza Martins "Surgiu a impaciente cultura do segundo, em que o minuto parece demora excessiva para baixar uma mensagem de computador, ouvir um recado, tomar uma decisão. Aqui se esqueceu que a eficácia dessa cultura da urgência, para não ser postiça como tem sido, deveria abranger uma infraestrutura protetiva que a tornaria possível e lhe daria sentido. Não tem sentido se basta um temporal para anulá-la."
Link: http://blog.controversia.com.br/category/geral/page/111/

Até mais!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meu carnaval em São Lourenço do Sul/RS


Olá, pessoas!
Após muito refletir no que fazer durante o carnaval, chegamos (Ju e eu) a conclusão que o melhor lugar para se ir é para longe do litoral. Optamos por São Lourenço do Sul/RS, no camping municipal.
Acampamos no ano passado em Riozinho, foi muito bom, mas bem restritivo, tanto com relação a alimentação quanto a higiene. Seguindo este raciocínio arrumamos as coisas e levamos apenas o básico, algumas poucas mudas de roupas, uma barraca, livros, baralho, espírito de índio, enfim, aquele kit basicão para os aventureiros de camping.
Fuca revisado e abastecido fomos rumo a incerteza. O caminho é bem bacana, paisagem bem diferente da que estamos acostumados indo para a praia. O horizonte é mais longo, o ar é mais quente e úmido e o caminho é bem mais longo. A pista é de mão dupla boa parte do tempo. Passou um tempinho e BAM! Um pedágio! 7,50 lixas! Anda mais um pouquinho e ZÁZ! Outro pedágio! 7,50 mangos! Daí passaram mais umas arvorezinhas, mais uns passarinhos, algumas pontes mais e CATAPIMBA! Outro pedágio! E este é o chefão, pois a facada foi de 7,80 pilas! Pensei em retornar, já que o dinheiro já estava no fim, mas pensei que a volta seria bem complicada, tendo em vista que teria de passar pelos mesmos pedágios... Resolvi prosseguir.
Não foi difícil de encontrar, a sinalização é boa, a estrada razoável (mas não justificam os R$ 22,80 que paguei de pedágio). Os viventes são bem receptivos, nos deram meia dúzia de informações que nos levaram a chegar "facinho" no camping.
Ao chegar fomos fazer o check-in, sim, todos são devidamente interrogados (preenchimento de duas folhas contendo sua vida), marcados (empulseirados) e liberados depois de mais ou menos meia hora.
Procurar um lugar foi bem fácil, apesar do enorme espaço disponível. Os lugares próximos a entrada já estavam ocupados e cheiravam igual ao banheiro público de uma praça em Cotonou (na África). Andamos mais um pouquinho, passamos por alguns cuscos e vimos um ônibus, era a biblioteca móvel. Bem interessante, mas estava fechada. Andamos mais um pouquinho e achamos o lugar perfeito, de frente para uma fenda na mata local que dava acesso a vista de uma nesga da Laguna dos Patos. Apeamos ali mesmo e iniciamos os trabalhos de montagem do acamps.
Olha, arrisco a dizer que se procurássemos mais não encontraríamos um lugar tão bom como aquele que escolhemos. Era muito bom! Vizinhos tranquilos, ventinho corrente, vista da nesga da laguna, barulhinho de ondinha, besouros, formigas e mosquitos bem comportados, enfim, tudo tranquilo e sereno como o descanso de carnaval deve ser. Não vou narrar todos os acontecimentos para não me alongar em demasia, portanto focarei nos detalhes mais marcantes.
Primeiramente foi o choque pela constatação de que estou completamente desatualizado dos materiais que devem ser levados para um camping. A seguir listarei à esquerda o item que entendo pertencer a um camping e à direita os itens que observei em mais de 80% do camping:

"Speks" X Estacas
Cordinhas de nylon X Cordas duplas e por vezes triplas
Barraca estilo iglu X Tendas de todos os tipos, só não vi casa de alvenaria
Esteira de palha para sentar ao chão X Sofás, cadeiras de alumínio, poltronas e espreguiçadeiras
Snacks tipo Cheetos e água no cantil X Fogões com forno, churrasqueiras portáteis, etc...
Isopor com gelo X Freezers verticais e horizontais, inclusive duplex
Livros X TVs de diversas polegadas e jogos on-line em NoteBooks

Enfim, deu para entender, né? Pena não termos levado a máquina fotográfica, merecia o registro, mas ficou bem registrado em minha mente aturdida pela ignorância de como aproveitar uns dias ao relento.
Lá pelas tantas, após já ter tomado uns três banhos na laguna, passei próximo a um campinho de vôlei e percebi uma placa dentro da água que dizia "Impróprio para o banho". Eu imaginava que esta placa deveria estar na entrada no camping, não acham? Mas eu não entendo nada de camping, então deve estar certo.
Preciso comentar uma decisão de minha amada. Fomos ao centro comprar algumas coisinhas no supermercado e, ao passar em frente a uma loja de variedades, resolveu comprar uma imensa bóia rosa. Confesso que o objeto flutuante estava uma pechincha, mas o tamanho (ela estava cheia) tornava impossível de transporta-la até o camping dentro do fuquinha, pelo menos eu achava que não dava, o fato é que foi, parecendo uma trufa de chocolate branco vazando mousse de morango por todos os lados, mas foi. Nos divertimos muito com a bóia rosa, fomos uma atração a parte.
Ao final do último dia (terça de carnaval) nos aprontamos para zarpar da cidadezinha rumo a capital. Arrumamos tudo e partimos. Como eu havia utilizado apenas um quarto de tanque para fazer o trajeto de ida, imaginei que gastaria mais um quarto para retornar, lógico não? Ledo engano, a gasolina sumiu rapidamente do tanque e vivemos momentos de tensão até vermos um posto e pararmos para abastecer. No mais foi tudo tranquilo, até o dia seguinte.
Na manhã de quarta, enquanto rumava para o trabalho, liguei o rádio, como de costume, e recebi a notícia de que São Lourenço do Sul estava abaixo d'água, o rio transbordou e cidade se encheu de água. Mais tarde, já em casa e em frente a TV, vi imagens da cidade completamente transformada, tudo alagado e revirado pela força da enxurrada. Uma imagem aérea mostrou rapidamente o camping onde estávamos, tudo abaixo da água, pude ver apenas um MotorHome quase dentro da laguna, emborcado. Que loucura! Se tivéssemos prolongado um dia a mais do nosso feriado estaríamos presos (na melhor das hipóteses, tendo em vista que já foram confirmadas nove mortes) e não conseguiríamos retornar até domingo, que é o prazo limite para liberação da estrada castigada pelo desastre.
É com pesar e espanto que termino o post, desejando força e sorte aos moradores daquela cidade, que se mostraram muito receptivos e simpáticos conosco enquanto estivemos acampados por lá.
Até mais!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Non Sense na TV (que novidade...)


Olá, pessoas!

Eu preciso comentar sobre um programa que vi ontem na TV. Sabem aquele programa que está passando durante a tarde na TV COM, o camarote, com a Kátia Suman? Pois é, eu parei para ver ontem ao meio dia, pois o assunto me chamou a atenção, o tema era sobre os conflitos no mundo árabe, assunto esse que tenho me interessado bastante (como a maioria de vocês).
A mesa estava bem composta, tinha um cientista político, um árabe e um Comunicador Social da UFRGS.
Existia uma quarta pessoa, que eu não sei bem quem era, mas que também não percebi se foi apresentada, pois peguei o programa no meio, mas tanto faz, não muda a bizarrice da história. Vamos ao acontecido.
Todos estavam falando, cada um na sua, o cientista falando sobre as ditaduras, fez um ótimo paralelo com os fatos ocorridos na Praça de Paz Celestial, na China, onde também havia uma ditadura, enfim, o cara manja muito e fez colocações bem relevantes. Relevantíssimo também foi a fala do árabe, que deu o testemunho de um cidadão em meio a tudo isso. O comunicador apontou a importância das redes sociais e como elas foram decisivas para diceminar as informações e reunir os grandes grupos nas praças que foram os pontos de encontro de todos os povos inseridos na revolta.
Lá pelas tantas foi passada a palavra para a quarta figura da mesa, uma moça meio estriquinada, bem nervosa. Fiquei curioso com o tipo de contribuição que daria ao assunto e me apavorei quando ela começou a falar. Versou sobre cantadas prontas do tipo "você caiu do céu e nem se machucou" e sobre a relevância de haver um guia contendo respostas prontas para este tipo de cantada pronta. Fiquei aturdido por um tempo, tentando imaginar em que momento e como ela faria a ponte entre o que ela estava falando e o assunto do programa, mas para meu espanto ela não fez. A contribuição dela era realmente aquilo, respostas prontas para cantadas prontas. Imaginam as caras que foram feitas pelos convidados do programa, certo? Coitado daquele tiozinho árabe... onde havia se metido? Não vou nem questionar a produção do programa quanto a escalação da figura para interferir com aquele tipo de assunto (que foi de última!), mas vou falar sobre o comentário inoportuno. A convidada informou que estava de posse de alguns exemplos de respostas prontas para cantadas prontas, mas advertiu que a maioria não era própria para o horário. Resumiu a proferição de dois exemplos, vamos ao primeiro: "Olá, o cachorrinho tem telefone?", resposta pronta proposta pela figura: "Não, por quê? A sua mãe está no cio?". Vamos a segunda, quando uma menina está chupando um picolé: "Ah, como eu queria ser este picolé...", resposta pronta: "Fácil! Basta enfiar um palito no *´* e entrar em um freezer". Convenhamos, estas eram as que poderiam ser ditas, certo? Imaginem as que não poderiam! Enfim, não vou me alongar, mas espero ter podido compartilhar minha "embasbaquice" com o fato ocorrido.

Até mais!