quinta-feira, 2 de junho de 2011

Zé Ramalho me inspira (ainda)

Zé Ramalho é um poeta, apesar de todas as polêmicas, ainda me inspira.
A imagem acima é do cíclope mais querido que eu já tive o prazer de conhecer. É uma personagem do filme Krull, dos anos 80, que marcou (como vários outros filmes) minha imensa vida de 32 anos. Lhe lanço este adjetivo devido ao seu carisma, caráter e senso de amizade (qualidades que me faltam, na maioria das vezes), demonstrando isso ao longo do filme por diversas vezes, até seu triste fim, muito triste mesmo, mas em prol do grupo. Como diria o filósofo Spock "As necessidades de poucos sobrepujam as necessidades de poucos, ou de um".
Acredito que este querido cíclope é um retrato de nossos queridos cidadãos de hoje, sempre solícitos e amáveis, claro que dentro de uma conveniência programada (que não é o caso de minha amada personagem), mas vale a comparação, dentro das limitações de raça (entendam como quiserem, ou me perguntem o real sentido).
Vejo tudo isso com outros olhos, assim sendo me identifico muito com a premissa do poeta supracitado no início do texto "Em terra de cego quem tem um olho é rei, imagine eu que tenho dois". Tento encarar a vida desta forma, com os dois olhos abertos. Criei com o tempo uma carapaça que me proteje do meio, mas não desaqueço o coração, que é a razão do meu viver, e apesar dos interesses, ainda consigo me dedicar ao que realmente interessa, o sentimento. Nisso me aproximo de minha personagem, mas me distancio de minha realidade, por isso reafirmo, não terei o mesmo fim de meu herói infantil, pois manterei sempre meus dois olhos abertos.

Até mais!

Um comentário:

mirella disse...

Para mim...você não precisa se esconder e nem vestir uma armadura!!
Você me inspira...
"Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la."
Carlos Drummond de Andrade
Mi