sábado, 3 de setembro de 2011

Manhã de sábado



  Durante toda a semana eu luto bastante para acordar às 07:30h e sempre acordo meia hora depois (em dias de sorte).

  Ao lado deste condomínio onde moro, existe um mercadinho, este mercadinho paga um tiozinho que tem uma moto com caixas de som, para fazer a propaganda do lugar. A música que embala as ofertas do dia é Meteoro da Paixão, do Luan Santana. A moto do Inferno sai sempre às 08:00h, portanto sempre sei que estou atrasado meia hora.

  Hoje, sábado de manhã, resolvi dormir sem limite, mas acordei às 06:30h. Vai entender! Fiquei rolando na cama, não deu certo, resolvi levantar, tomar um banho para acordar de vez e sair para dar "oi" ao mundo.

  O mapa acima é do meu mundinho. O traço cor de capa de bruxa é o caminho de ida e a cor afro descendente é o caminho de volta. A cor do campeão de tudo indica as paradas. Agora vamos a saga.

 Em casa não existe absolutamente nada para comer, então resolvi ir até a padaria comprar pães. Dei bom dia ao zelador, vi o sol, a parada de ônibus estava cheia, passei ao lado da fazenda do tiozinho que vende ovelhas, passei em frente a rua onde mora minha avó, vi que o portão estava aberto e resolvi dar uma passadinha lá. Sentamos e conversamos por duas horas, ela me acompanhou até a padaria, compramos coisas e depois nos despedimos.
 
  Pensei em voltar para casa e tomar um café, mas decidi passar na casa da mãe e tomar café com ela e o senhor meu pai. Eles ainda estavam dormindo quando cheguei, mas tratei de acordá-los da mesma forma que me acordaram por anos, cheguei batendo palmas, abri as janelas, puxei as cobertas e fiquei lá tocando a Alvorada até que eles resolveram sair da cama. (a vinçança nunca é plena, mata a alma e a envenena - Sr. Madruga)

  Após o ótimo despertar de meus pais, mostrei os presentes: Pães quentinhos, queijo e presunto. Li o Diarinho, conversamos sobre rádio, sobre a Varig, sobre o preço do alho, sobre a minha irmã, que é aeromoça, (está ficando rica e temo que ela seja a preferida deles) e tomamos café da manhã, é claro! Fumamos um cigarrinho na rua e resolvi voltar para a minha casa.

  Voltei por um caminho pouca coisa diferente, só para driblar o Alzheimer, dei bom dia para o outro zelador e subi cinco andares rumo ao lar.
 Quando entrei vi minhas duas gatinhas sentadas em frente a janela da sala, olhando fixamente para fora e para o alto. Mirei na direção e percebi que lá havia um bem-te-vi. Quando elas perceberam que eu também tinha visto a criatura apetitosa, começaram a fazer uns barulhos estranhos, bem diferente dos tradicionais "miau", "mauw", "meuw" e "nrrrrrrrn". Era algo como "gnka - gnkaka", repetindo váárias vezes. Não sei, mas pode ser que estejam ficando gagas ou estavam rindo... vai saber.

  Agora estou aqui, dando uma olhadinha nas redes sociais, curtindo a salada musical proporcionada por meus vizinhos, um está ouvindo um pagodão, outro curte Nightwish e outro estava ouvindo "Meu Mel", do Marquinhos Moura´, este último foi inacreditável! Me trouxe recordações da Benedita, uma senhora que trabalhou na casa dos meus pais durante os anos oitenta. Enfim, a manhã acabou a quase uma hora. Vou terminando por aqui.

  Até mais!